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pai e filha fazendo higiene bucal

Saúde bucal infantil começa em casa

08/09/2025

Escovar os dentes corretamente, usar fio dental e visitar o dentista com frequência são atitudes que determinam muito mais que a aparência de um sorriso. A saúde bucal influencia o desenvolvimento físico, a fala, a mastigação, a autoconfiança e até o desempenho escolar. Os hábitos construídos na infância moldam a relação da criança com sua própria saúde, motivo pelo qual os pais desempenham papel fundamental nesse processo.

Mesmo temporários, os dentes de leite têm funções essenciais. Eles preservam o espaço para os dentes permanentes, auxiliam na mastigação e no aprendizado da fala. A perda precoce, geralmente causada por cáries, pode comprometer o alinhamento da arcada e gerar dificuldades que acompanharão a criança até a vida adulta.

O cuidado deve começar já no nascimento do primeiro dente, entre cinco e seis meses de idade. Nessa fase, a higiene deve ser feita com escova de cerdas macias e creme dental com flúor em quantidade mínima, equivalente a um grão de arroz cru. Essa prática não só previne cáries como também introduz o bebê no hábito da escovação. O fio dental deve ser incluído quando os dentes começam a se tocar, por volta dos dois a três anos.

 

Hábitos de higiene que fazem a diferença

Supervisionar a escovação até os sete ou oito anos é essencial, já que apenas nessa idade a criança costuma ter coordenação para limpar corretamente todas as áreas da boca. Até lá, os pais devem acompanhar e corrigir movimentos, mostrando como alcançar dentes do fundo e gengivas.

O fio dental, muitas vezes esquecido, é indispensável. Ele remove resíduos entre os dentes que a escova não alcança, prevenindo cáries e inflamações gengivais. Criar uma rotina que inclua escovação após as refeições e uso diário do fio dental ajuda a transformar esse cuidado em um hábito natural. “Os pequenos aprendem mais pelo exemplo do que pela teoria. Se percebem que os adultos valorizam a escovação, eles incorporam o hábito com muito mais facilidade”, orienta Juliana Figallo, coordenadora de educação infantil do Centro Educacional Pereira Rocha, de São Gonçalo (RJ).

 

Alimentação e saúde bucal caminham juntas

O consumo de alimentos ricos em açúcar é o principal inimigo da saúde bucal infantil. Balas, refrigerantes, biscoitos recheados e sucos artificiais criam um ambiente propício para a formação de cáries, já que as bactérias da boca transformam açúcar em ácidos que corroem o esmalte.

A estratégia mais eficaz não é proibir totalmente os doces, mas oferecer moderação e ensinar que guloseimas devem ser consumidas em momentos específicos, nunca em excesso e sempre acompanhadas de escovação. Em contrapartida, frutas frescas, legumes crus, queijos e oleaginosas ajudam a fortalecer dentes e gengivas, além de reduzir a acidez da boca.

O exemplo dos pais novamente se mostra essencial: refeições equilibradas e redução de ultraprocessados servem de modelo para as crianças.

 

O papel da escola e a rotina fora de casa

Grande parte do dia da criança acontece longe do ambiente familiar, e a escola se torna parceira nesse processo de orientação. Enviar um kit de higiene bucal para ser usado após o almoço é uma medida prática. Professores e cuidadores podem reforçar a importância da escovação, além de observar sinais de desconforto, como queixas de dor ao mastigar ou mau hálito persistente.

O ambiente escolar também pode ser espaço de conscientização. Palestras, histórias e atividades lúdicas sobre a saúde bucal ajudam a tornar o tema acessível e interessante para os pequenos. “A conscientização começa de forma simples, mas gera impacto profundo no futuro da criança. Cuidar dos dentes desde cedo é investir em saúde e qualidade de vida”, reforça Juliana Figallo.

 

Riscos da falta de atenção à saúde bucal

A negligência com os dentes na infância pode trazer consequências duradouras. A cárie é a doença mais comum entre crianças e pode evoluir rapidamente, causando dor, infecções e perda precoce dos dentes de leite. Essa perda compromete o alinhamento da arcada e favorece problemas ortodônticos no futuro.

Outro risco é a gengivite, caracterizada por gengivas vermelhas, inchadas e sangrantes. Ignorada, ela pode progredir para periodontite, que afeta o osso de sustentação dos dentes. O mau hálito é outro sinal de alerta, muitas vezes resultado da má higiene ou da presença de cáries e inflamações.

Além dos problemas físicos, a saúde bucal interfere na autoestima. Uma criança que sente vergonha do próprio sorriso pode se retrair, evitando interações sociais e prejudicando seu desenvolvimento emocional.

 

Estratégias práticas para pais

Incentivar escovação ao menos três vezes ao dia, sempre com creme dental fluoretado.

Introduzir o fio dental cedo, tornando-o parte da rotina.

Limitar o consumo de doces e bebidas açucaradas.

Realizar consultas odontológicas de prevenção pelo menos duas vezes ao ano.

Estimular a criança com recompensas educativas, como tabelas de escovação ou histórias sobre personagens que cuidam dos dentes.

Dar o exemplo: pais que cuidam da própria higiene bucal inspiram os filhos.

Cuidar da saúde bucal infantil garante bem-estar físico, autoestima e qualidade de vida. A formação de hábitos corretos depende da orientação diária em casa, do apoio da escola e do acompanhamento profissional. Com escovação adequada, alimentação equilibrada e visitas regulares ao dentista, os pequenos aprendem a valorizar a própria saúde desde cedo.

Para saber mais sobre saúde bucal, visite https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-crianca/primeira-infancia/saude-bucal e https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas-projetos-e-acoes/pro-vida/dicas-de-saude/pilulas-de-saude/saude-bucal-cuidado-com-os-dentes-e-fundamental

 


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