23/07/2025
Insônia, dores de cabeça frequentes, irritabilidade e isolamento social são sinais comuns de que o adolescente está lidando com níveis elevados de estresse. Essa fase da vida é marcada por mudanças físicas e emocionais, cobranças escolares, dúvidas sobre o futuro e pressões sociais. Diante de tudo isso, é essencial que famílias e educadores saibam como acolher e orientar os jovens para que consigam desestressar e desenvolver habilidades emocionais mais saudáveis.
Uma das estratégias mais eficientes é promover momentos regulares de atividade física. Caminhadas ao ar livre, esportes coletivos, dança ou até mesmo alongamentos simples liberam substâncias como a endorfina, que trazem alívio imediato para a tensão. Além disso, movimentar o corpo contribui para a qualidade do sono, melhora o humor e ajuda na concentração durante os estudos.
Os hobbies também têm papel fundamental no controle do estresse. Estimular o adolescente a tocar um instrumento, desenhar, cozinhar, escrever ou praticar algum tipo de arte amplia sua capacidade de expressão e oferece um tempo de pausa das obrigações diárias. Essas atividades criam um espaço seguro de prazer e criatividade, que contribui diretamente para o equilíbrio emocional.
“No processo de autoconhecimento, o adolescente precisa de suporte para reconhecer seus limites e lidar com frustrações sem se sobrecarregar”, explica Andressa Côrtes, diretora pedagógica do Centro Educacional Pereira Rocha, de São Gonçalo (RJ). Segundo ela, o diálogo constante com os adultos é essencial para que o jovem se sinta amparado diante dos desafios dessa fase.
No ambiente escolar ou durante os momentos de estudo em casa, é importante que os adolescentes aprendam a organizar sua rotina. Um cronograma equilibrado, com tempo para revisão de conteúdos, pausas e descanso, reduz a sensação de sufocamento. Técnicas simples de respiração profunda, meditação guiada ou ouvir músicas calmas também ajudam a reduzir a ansiedade em momentos de maior tensão.
Manter uma alimentação saudável e uma rotina de sono consistente complementa esse conjunto de estratégias. Evitar eletrônicos antes de dormir, limitar o consumo de cafeína e respeitar os horários de descanso são atitudes que fazem diferença no humor e na disposição.
Outro ponto importante é incentivar conexões sociais positivas. Conversar com amigos, conviver com a família e compartilhar sentimentos são formas eficazes de aliviar a pressão interna. Quando o adolescente percebe que não está sozinho, sente-se mais forte para enfrentar os obstáculos.
Ajudar o jovem a desestressar é investir no presente e no futuro. Quando ele aprende a reconhecer os sinais do próprio corpo e a aplicar estratégias saudáveis, desenvolve autonomia emocional, ganha resiliência e fortalece a saúde mental — um aprendizado que leva para toda a vida. Para saber mais sobre desestressar na adolescência, visite https://jornal.usp.br/ciencias/estudo-ajuda-a-entender-por-que-o-estresse-na-adolescencia-predispoe-a-doencas-psiquiatricas-na-fase-adulta/ e https://www.paho.org/pt/topicos/saude-mental-dos-adolescentes