09/07/2025
Algumas crianças começam a demonstrar sinais de que estão prontas para deixar as fraldas por volta dos dois anos de idade, enquanto outras só revelam essa disposição mais tarde. O que define o início do desfralde não é uma data exata, mas a combinação de fatores físicos, emocionais e cognitivos. A criança precisa ser capaz de comunicar que está com vontade de ir ao banheiro, demonstrar incômodo com a fralda suja e ter algum nível de autonomia para se sentar no penico ou no vaso.
Embora a faixa etária mais comum para o início do processo fique entre os 2 e 3 anos, o mais importante é que os pais estejam atentos às pistas que a própria criança dá. Forçar esse momento, por ansiedade ou comparação com outras crianças, pode gerar frustração, insegurança e até atrasos no desenvolvimento do controle fisiológico. “O sucesso do desfralde está diretamente ligado ao respeito ao tempo de cada criança, sem pressão nem punição, mas com apoio, paciência e incentivo positivo”, orienta Juliana Figallo, coordenadora de educação infantil do Centro Educacional Pereira Rocha, de São Gonçalo (RJ).
Criar uma rotina clara é um dos passos mais recomendados. Levar a criança ao banheiro em horários fixos, como ao acordar, antes das refeições ou antes de dormir, ajuda a estabelecer um ritmo natural e reduz a chance de escapes. Também é útil incluir recursos visuais e lúdicos: historinhas, músicas e brinquedos podem tornar o momento mais leve e até divertido.
Outra decisão importante é a escolha do equipamento: alguns se adaptam melhor ao penico, outros preferem o redutor de assento no vaso sanitário. O essencial é garantir que a criança se sinta segura. Durante essa fase, é comum haver acidentes — e eles devem ser tratados com naturalidade, nunca com broncas. O reforço positivo por cada avanço contribui para o fortalecimento da autoestima.
O desfralde noturno, por sua vez, costuma levar mais tempo e não deve ser apressado. Mesmo após o controle diurno estar consolidado, o uso da fralda à noite pode permanecer por mais alguns meses ou até anos, o que é perfeitamente normal.
Evitar comparações com irmãos, primos ou colegas de escola é outro ponto fundamental. Cada criança vive esse processo de maneira única, e transformá-lo em uma corrida pode comprometer a experiência de aprendizado. O papel dos adultos é dar suporte com calma, respeitando cada etapa.
Com acolhimento, consistência e escuta ativa, o desfralde pode se tornar uma transição natural e tranquila na vida da criança — fortalecendo sua autonomia sem abrir espaço para traumas ou inseguranças. Para saber mais sobre desfralde, visite https://www.cesdcampinas.org.br/quando-comeca-o-processo-do-desfralde e https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/chega-de-polemica-saiba-quando-realmente-e-a-hora-de-comecar-a-despedir-das-fraldas/