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Pais devem recompensar um bom boletim escolar?

Boletim escolar, recompensas e equilíbrio emocional

26/03/2025

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Notas acima da média muitas vezes enchem os pais de orgulho. Em meio a essa satisfação, surge a dúvida: é certo recompensar financeiramente ou com presentes um bom boletim escolar? A questão vai além do “sim” ou “não” e exige reflexão sobre o que realmente se pretende reforçar: o resultado em si ou o esforço por trás dele.

Premiar os filhos pelo desempenho pode sim ser positivo, desde que o foco esteja no processo e não apenas nos números. Recompensas que reconhecem a dedicação — como tempo de lazer em família ou um passeio especial — podem funcionar melhor do que prêmios materiais. Quando os pais dão ênfase ao empenho, mesmo diante de notas que ainda não atingiram o ideal, transmitem uma mensagem de valorização da jornada de aprendizado.

Para Andressa Côrtes, diretora pedagógica do Colégio Pereira Rocha, o incentivo precisa considerar a individualidade de cada aluno. “Antes de pensar em recompensas, é importante entender o caminho percorrido e os obstáculos enfrentados por cada estudante”, ressalta ela.

Por outro lado, há riscos quando as recompensas são financeiras ou exageradamente ligadas ao boletim. Nesses casos, a criança pode associar o estudo apenas à obtenção de algo externo, perdendo o prazer intrínseco pelo saber. O desafio é justamente cultivar a motivação interna: aquela que leva o aluno a se interessar pelos temas estudados, a buscar soluções e a superar dificuldades, mesmo sem uma recompensa imediata.

Boletins com notas baixas também exigem atenção cuidadosa. Em vez de punições, é mais produtivo criar um ambiente de escuta. Conversar sobre o que levou àquele resultado e traçar juntos estratégias de melhoria ajuda a construir autonomia. Oferecer apoio pedagógico, reorganizar a rotina de estudos e, sobretudo, demonstrar confiança no potencial do filho são atitudes que fortalecem emocionalmente o estudante.

Outro fator importante é o impacto das expectativas familiares. Projetar sonhos e exigências sem considerar os interesses da criança pode gerar frustração e desmotivação. O boletim, nesse contexto, se transforma em um termômetro do diálogo entre pais e filhos, indicando se há espaço para o estudante se desenvolver com liberdade e segurança.

As famílias têm um papel essencial no incentivo ao aprendizado, mas também devem ter sensibilidade para acolher as limitações e individualidades de seus filhos”, comenta Andressa. Nem todo desempenho escolar reflete preguiça ou descaso. Muitas vezes, há ansiedade, insegurança ou dificuldades de aprendizagem que precisam ser identificadas com empatia.

O boletim é, portanto, um dos instrumentos para acompanhar o percurso acadêmico, mas não deve ser tratado como um fim em si mesmo. Ao equilibrar elogios, acolhimento e desafios, os pais ajudam seus filhos a enxergar a educação como algo valioso por si só — e não apenas como uma via para obter prêmios ou evitar punições. Para mais informações sobre boletim escolar, acesse https://educacao.uol.com.br/noticias/2009/03/04/economistas-e-psicologos-divergem-sobre-dar-ou-nao-recompensas-para-estudantes.htm ou https://www.grudadoemvoce.com.br/blog/notas-na-escola/

 

 


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