09/06/2025
Trocar constantemente de lugar, falar sem parar, interromper os outros e não conseguir se concentrar por mais de alguns minutos em uma atividade comum. Quando esses comportamentos são frequentes, em diferentes ambientes e impactam a rotina, podem ser sinais de que a criança está enfrentando mais do que apenas uma fase agitada.
A criança hiperativa costuma apresentar dificuldades de foco, impulsividade, desorganização e uma energia difícil de conter, mesmo em situações que exigem calma, como uma atividade em sala de aula ou o momento de fazer a lição de casa. Esses comportamentos não surgem de forma isolada e nem sempre indicam desobediência. Na maioria dos casos, revelam um funcionamento neurológico específico, que precisa ser compreendido com cuidado.
Muitas vezes, a hiperatividade é associada ao Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), condição que interfere na capacidade da criança de regular seus impulsos e manter a atenção por tempo suficiente para realizar uma tarefa. O diagnóstico exige avaliação clínica especializada, mas os primeiros sinais costumam ser notados em casa ou na escola, a partir de comportamentos repetitivos e que se mantêm ao longo do tempo.
“Quando a agitação constante começa a atrapalhar o rendimento escolar e os relacionamentos, é hora de observar mais de perto e buscar orientação profissional”, explica Juliana Figallo, coordenadora de educação infantil do Centro Educacional Pereira Rocha, de São Gonçalo (RJ).
Entre os sintomas mais comuns estão: falar em excesso, dificuldade de esperar a vez, mexer-se o tempo todo, mesmo quando precisa estar sentado, agir sem pensar nas consequências e desviar a atenção com facilidade. Além disso, muitas crianças hiperativas apresentam sono irregular, o que afeta diretamente o comportamento e o aprendizado no dia seguinte.
A distinção entre uma criança hiperativa e uma criança apenas mais ativa ou entusiasmada pode ser sutil. Por isso, é fundamental considerar a intensidade, a duração e a frequência desses comportamentos. Crianças hiperativas demonstram esses sinais de forma persistente e intensa, prejudicando seu desempenho acadêmico, sua convivência social e sua autoestima.
O tratamento envolve diferentes profissionais, incluindo médicos, psicólogos e pedagogos. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos; em outros, estratégias comportamentais, rotina bem estruturada e atividades que favoreçam a concentração já trazem bons resultados. O apoio da família e da escola é essencial nesse processo.
Quanto mais cedo houver acompanhamento adequado, maiores são as chances de a criança desenvolver seu potencial com mais equilíbrio e segurança. Reconhecer os sintomas e buscar ajuda são passos fundamentais para um futuro mais saudável e produtivo. Para saber mais sobre crianças hiperativas, acesse https://www.psicologo.com.br/blog/hiperatividade-infantil-agitacao-ou-indisciplina/ e https://conteudo.zenklub.com.br/blog/para-voce/hiperatividade/