14/05/2025
Febre alta repentina, dor de cabeça, manchas avermelhadas na pele e cansaço fora do comum são sinais que devem acender o alerta em pais e educadores. Em tempos de aumento nos casos de dengue, reconhecer os primeiros sintomas nas crianças pode fazer diferença no diagnóstico e no tratamento, evitando o agravamento da doença.
A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em locais com água parada. Como os sintomas iniciais são parecidos com os de outras viroses comuns na infância, como gripe ou resfriado, é essencial observar o conjunto de manifestações e o contexto — por exemplo, se há casos registrados na vizinhança ou na escola.
Alguns sinais, como vômitos persistentes, dor abdominal intensa, sangramentos no nariz ou nas gengivas, além de sonolência excessiva ou irritabilidade, podem indicar a evolução para formas mais graves da doença e exigem atendimento médico imediato. “A rapidez na identificação dos sintomas pode evitar complicações e garantir um tratamento mais seguro”, afirma Andressa Côrtes, diretora pedagógica do Centro Educacional Pereira Rocha, de São Gonçalo (RJ).
Nas crianças, a atenção precisa ser redobrada, pois muitas vezes elas não conseguem descrever com clareza o que estão sentindo. A observação cuidadosa dos adultos é indispensável para perceber mudanças no comportamento, apatia ou recusa em se alimentar. Vale lembrar que, nos pequenos, a desidratação também pode ocorrer mais rapidamente.
O diagnóstico da dengue é feito com base nos sintomas e na confirmação por exames laboratoriais, como sorologia ou PCR. Em casos leves, o tratamento inclui repouso, ingestão frequente de líquidos e uso de medicamentos para controle da febre — sempre com orientação médica. Anti-inflamatórios e ácido acetilsalicílico, por exemplo, devem ser evitados, pois aumentam o risco de sangramentos.
A prevenção, no entanto, continua sendo a medida mais eficaz. Reduzir os focos do mosquito eliminando objetos que acumulam água é uma ação que pode e deve ser praticada dentro e fora de casa. No ambiente escolar, a vigilância constante é essencial, e as crianças podem ser envolvidas nesse processo por meio de atividades educativas simples e práticas.
Campanhas de conscientização, uso de repelentes indicados para a faixa etária e atenção especial a áreas com maior incidência da doença também fazem parte das estratégias de controle. Com o envolvimento de todos — famílias, escola e comunidade —, é possível reduzir significativamente os riscos.
Estar atento à saúde das crianças e agir com rapidez diante de sinais suspeitos são atitudes que salvam vidas. A dengue, quando identificada e tratada a tempo, costuma evoluir bem. Mas o caminho mais seguro é sempre o da prevenção. Para saber mais sobre a dengue, visite https://drauziovarella.uol.com.br/pediatria/dengue-em-criancas-saiba-como-identificar-a-doenca e https://g1.globo.com/saude/noticia/2024/02/08/dengue-em-criancas-saiba-quais-sao-os-sintomas-os-sinais-de-alerta-e-como-deve-ser-o-tratamento.ghtml